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Irai-vos e Não Pequeis!





“Deixa a ira, e abandona o furor; não te indignes de forma alguma para fazer o mal” (Salmos 37:8).


A ira é comum a todos, ninguém está livre de enfrentá-la, mas a Bíblia adverte o quanto ela é perigosa, pois nos conduz facilmente ao pecado, além de trazer implicações negativas para nossa saúde e bem-estar social.


Há pessoas que se vangloriam por serem “pavio curto”. Elas facilmente se irritam e não levam “desaforo para casa”, julgando-se fortes pelo seu temperamento. No entanto, as Escrituras mostram que:


"Melhor é o langânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade" (Provérbios 16:32).


A ira é categorizada como uma das obras da carne e deve ser banida da vida do cristão.


“Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:19-21).


Quando a ira nos atinge, seu principal veículo de escape é a língua. Nesse momento, é muito importante guardar o coração para não abrigarmos maus sentimentos e vigiar as palavras que saem da nossa boca para não corrermos o risco de ferir pessoas e destruir relacionamentos.



IRAI-VOS E NÃO PEQUEIS


“Irai-vos, e não pequeis” (Efésios 4:26).


Muitas vezes a raiva tem uma motivação justa. Ficamos indignados com a mentira, traição, maldade e somos tentados a reagir de forma hostil, impensada, buscando a “justiça” com as próprias mãos. Contudo, devemos confiar nossa justiça a Deus e dominar a ira, a fim de que não venhamos a pecar.


“Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: "Minha é a vingança; eu retribuirei", diz o Senhor” (Romanos 12:19).


“Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tiago 1:19-20).


Jamais devemos associar a ira ao pecado, dando ocasião a Satanás para que a indignação, mesmo que justa, nos cause rancor e amargura dificultando a liberação do perdão.


“O homem irado provoca brigas, e o de gênio violento comete muitos pecados” (Provérbios 29:22).


Se a ira for originada de um coração cheio de inveja, ressentimentos, ciúmes e ódio, devemos, primeiramente, eliminar o pecado que está na raiz dessa indignação, observando o que diz a Palavra de Deus.


“Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda a maldade!” (Efésios 4:31).



TEMPO MÁXIMO DA IRA



“...não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4:26)

Não podemos evitar a ira, mas devemos deixá-la o quanto antes para que não permaneça em nós por muito tempo. Nesse aspecto, a Bíblia adverte para não deixarmos o sol se por sobre a ira. Devemos vencê-la antes de deitarmos, do contrário, ela terá uma força maior e criará raízes, contaminando o coração.


“Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida” (Provérbios 4:23).

Quem se recusa a perdoar e caminha com ódio do seu irmão vive em trevas pois o ódio não procede de Deus, já o amor sim.


Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo” (Mateus 5:22).


“Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1 João 3:15).


Se amamos a Deus e desejamos fazer Sua vontade, é preciso empenho para a solução dos conflitos e determinação para a iniciativa na reconciliação. Nos cabe fazer o possível para vivermos em harmonia com todos os homens e não sermos achados pelo Senhor como homicidas dos nossos irmãos.



CONTROLE DA IRA



A ira precisa ser controlada até que seja completamente lançada para fora de nós.


“Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar” (Colossenses 3:8).


Como então dominá-la?


Pense que não é tão difícil controlar a ira. Basta lembrar que suas emoções são mais facilmente contidas diante do chefe. Logo, é possível controlar a ira com qualquer pessoa, basta desejar andar em obediência ao Senhor. Temos que clamar a Deus e buscar Sua ajuda para produzir, nos momentos mais tensos, o fruto do Espírito Santo:


“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gálatas 5:22,23).



ACONSELHAMENTOS PRÁTICOS



Apresentamos alguns conselhos caso você seja surpreendido com ofensas que lhe causem indignação:


Silêncio – fique calado e não pronuncie nenhuma palavra e se for necessário retire-se do ambiente;

“Até o insensato passará por sábio se ficar quieto e, se contiver a língua, parecerá que tem discernimento” (Provérbios 17:28).


Ore em espírito a Deus e peça sabedoria;


“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida” (Tiago 1:5).


Palavra Branda


Havendo condições de falar e ser ouvido, libere uma palavra de amor em tom baixo, expondo seu pensamento de forma serena e graciosa para acalmar o ofensor e busque restabelecer a paz;


“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”(Provérbios 15:1).


Não guarde a ofensa no coração, decida perdoar e livre-se da ira


“Quem perdoa uma ofensa mostra que tem amor, mas quem fica lembrando o assunto estraga a amizade” (Provérbios 17:9).


Ore pelo ofensor


“Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 5:43,44).



ABANDONE A IRA E VIVA EM AMOR!



É inegável que em alguns momentos possamos sentir raiva de alguém, mas somos ensinados a dominar a ira assim que ela nos assalta e, depressa, abandoná-la para que não seja enraizada em nós, sobrevindo um mal maior. Busque a Deus e ore para andar na dependência do Espírito Santo, a fim de que, ao invés de ódio, você emane o amor, ao invés da ira, brandura e, em lugar da contenta, paz.


“Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço. Mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram” (1 João 2:10,11).


Entenda que as obras da carne e o fruto do Espírito Santo não andam juntos. Se vivermos irados, nutrindo raiva e ódio em nosso coração, estaremos em trevas. Mas, se refletirmos amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, saberemos que andamos no Espírito, vivenciando as virtudes do caráter de Cristo.


"Sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando o mal por mal ou injúria por injúria" (1 Pedro 3: 8,9).


Você percebe que se irrita facilmente? Confie ao Senhor a mudança do seu temperamento e coopere para controlar suas emoções, lembrando-se que o remédio infalível para curar a ira é o amor:



“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13:4-7).

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