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Chama Divina




Da oração que pede que eu possa ser

Protegido dos ventos que atingem a ti,

Do temor, quando eu deveria ambicionar,

Do caminhar vacilante, quando eu deveria subir mais alto,

Do eu delicado, ó Capitão,

Liberta este soldado que quer seguir-te


Do amor sutil pelas coisas brandas,

Das escolhas fáceis, das fraquezas;

Não é com isso que os espíritos são fortalecidos.

Nem assim caminhou o Crucificado.


De tudo o que escurece o teu Calcário,

O Cordeiro de Deus, livra-me.


Dá-me o amor que mostra o caminho,

A fé que com nada se apavora,

A esperança que nenhum desapontamento causa

A paixão que queimará como fogo;

Que eu não desfaleça e me torne pó.

Faze de mim o teu combustível,

Chama Divina.


Da oração que pede possa eu ser

Guardado dos ventos que em ti vão bater,

De temer quando devo aspirar,

De vacilar quando devo mais alto chegar,

Deste “ego” mole, ó Capitão, livra

O teu soldado que te segue.


Do sutil amor das coisas que amolecem,

Das escolhas fáceis que enfraquecem;

Assim o espírito não é reforçado,

Assim não andou o Crucificado,

De tuto que o que ofusca os sofrimentos teus,

Liberta-me, ó Cordeiro de Deus.


Dá-me o amor que conduz para a frente,

E a fé a qual fica resistente,

A esperança que não cansa, embora frustrada,

A paixão que arde como a chama abanada;

Não me deixes vir a ser desprezível,

Chama de Deus, faze-me o teu combustível.


Amy Carmichael


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